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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

amor em saldos

Passeava numa dessas catedrais do consumo, entre pilhas de roupa para vender ao desbarato e mulheres nervosas que vasculham todas as prateleiras à procura de encontrar Chanel na Zara. Not going to happen baby!
Bem, a certa altura oiço um homem comentar com um amigo “ Isto é tanta coisa e tanto desconto, tanto mais por menos que nem dá vontade de comprar!”. E com esta singela afirmação tive um a-ah moment! Não estamos nós, homens e mulheres, também em saldos?

Empilhamo-nos em listas de amigos no Facebook, vivemos relações com duração limitada e descontamos de nós próprios atenção, amor ou até sinceridade. Queremos amores a 50% porque o preço total a pagar mete medo. As conversas têm 40% de desconto em verdade e a duração de um relacionamento está, tantas vezes, em liquidação total ainda antes de começar.

Os saldos são apenas um reflexo consumista do que, muitas vezes, nós fazemos com a nossa própria vida. Queremos descontar dos outros e de nós próprios pois o preço inteiro parece sempre demasiado alto.
Os saldos acabarão não daqui a muito tempo e, no final, será altura de nos perguntarmos – Valerá mesmo a pena?
É que nem todas as pechinchas saem assim tão baratas e há realmente alguns artigos nos quais vale mesmo a pena investir.






p.s – toda esta teoria cai por terra se me referir a Josh Holloway, por exemplo. É que material deste calibre nunca fica em saldos.