sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Review - Um Eléctrico chamado Desejo

Ontem fui ao teatro D. Maria ver a peça Um Eléctrico Chamado Desejo, de Tennessee Williams.

Fui surpreendida, pela positiva. Ia preparada para uma hora de mau teatro já que as críticas à peça têm sido ferozmente negativas. A meu ver, tais comentários destrutivos são infundados.

Para além do guião ser de uma genialidade brutal, os actores foram fantásticos. Alexandra Lencastre teve alguma dificuldade em entrar na peturbada personagem de Blanche DuBois mas, quando o conseguiu, foi brilhante.

Albano Jerónimo é um Stanley rude, violento e animal. A interpretação do actor foi irrepreensível. Arrancou bastantes risos ao público que, infelizmente, não percebeu que há alturas em que não era suposto rir.

Lúcia Moniz é Stella, a ingénua irmã de Blanche. Não simpatizo muito com a actriz mas achei que representou na perfeição o seu papel.

Este é o tipo de peça que se adora ou se odeia. Havia gente a dormir à minha frente, enquanto que eu não fui capaz de desviar a minha atenção do palco por um segundo. A 2ª parte da peça é arrepiante, no bom sentido. Confesso que fiquei com a lágrima no canto do olho. O final é violento, arrebatador, introspectivo.

Foi tão bom sair da sala do D. Maria e não conseguir tirar a peça da cabeça. Isto é bom teatro.

 
                                                  

Pequena nota: A peça poderia chamar-se Um ALBANO chamado DESEJO.

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

amor sugar-free & paixão extra-light

Tchantchantchaaaaam...e a solução para as nossas dietas que engordam está...

nos HOMENS!

Há quem diga que estar apaixonada emagrece. Li algures que as nossas células e afins ficam malucas, que o metabolismo se altera e, nesse êxtase da paixão, esquecemo-nos de comer e ainda queimamos calorias extra. (Estou a falar na perspectiva platónica da coisa e não da prática, porque disso já todos sabemos as vantagens...e não têm só a ver com calorias!).

Tudo isto me parece bastante óbvio. Quando estamos babadas a pensar na nossa paixão, é pouco provável passar de "Oh, ele é tão giro quando ri e faz covinhas" para "O que marchava agora era um Big Mac com batatinhas fritas e molho de caril!". Quer dizer, há sempre gente com perversões estranhas, mas isso fica para outra crónica.
Até me custa a acreditar como é que ainda ninguém transformou isto num negócio. Do género, "Perca peso da forma mais fácil! Nós arranjamos-lhe um homem, só tem de se apaixonar!". Acreditem, isto é material para um franchising.
Portanto, minhas queridas, toca a recorrer ao amor para emagrecer. Acabaram-se as fomes, as Herbalifes, as peregrinações ao nutricionista. Basta amar. Digam lá se isto não é romântico?
 
 
p.s - Já pensaram almoçar um homem sugar-free? Ou jantar um moçoiço light?A ideia agrada-me!

            p.s.s - Esta crónica é dedicada a uma queria amiga minha que conseguiu encontrar um diurético que não é cor de xixi. ALELUIA to that!

 


domingo, 24 de outubro de 2010

dietas que engordam

Eram duas da tarde em Lisboa. Acabei de almoçar uma refeição relativamente equilibrada diga-se, embora não satisfatória. Percorro, descontraída, os corredores de um centro comercial até que o vejo. É impossível deixar de olhar para ele. É robusto, apetecível, luminoso, irresistível. Observo-o, escondida atrás de um pilar. Tento não olhar, esgueiro-me e fujo envergonhada. Não, não me posso deixar seduzir. Limpo a minha mente, respiro fundo mas ele continua a fitar-me, a atrair-me fatalmente com o seu charme natural. Resisto, ele insiste. Fecho os olhos mas a sua imagem já está gravada no meu cérebro. Não aguento mais, sucumbo! Corro desenfreada por entre as cadeiras coloridas que se atravessam à minha frente e alcanço-o. Devorei-o ali mesmo, um mega gelado de nata com todos: calda de chocolate, brownie e bolacha. Um verdadeiro orgasmo calórico. Nenhum homem me consegue levar ao clímax tão rapidamente como um doce cheio de açúcares e gorduras de todas as espécies. A culpa destes disparates não é minha. Os homens é que não se esforçam o suficiente.

Nós mulheres somos assim, vivemos num eterno sistema de compensações. "Hum, comi um almoço equilibrado agora mereço deliciar-me com uma super sobremesa". As justificações que damos a nós mesmas para cometer o pecado mortal da gula são as mais lógicas ou as mais rebuscadas. O que interessa é matar logo ali o peso que não queremos na nossa consciência. O pior é que essas gramas tendem a transferir-se para a balança. (No meu caso leia-se rabo!). O nosso namorado acabou connosco? Comemos um hambúrguer. Está frio e não temos quem nos aqueça? Empaturramo-nos com chocolate quente. A Oprah não dá no horário do costume? Bora lá devorar uma pizza cheia de queijo. A culpa não é nossa, é sempre de uma pessoa ou facto externos a nós ou então é das hormonas! (Esta é a melhor justificação para as justificações).
 
E pronto, num pequeno gesto de extravagância alimentar estragamos todo o trabalho de uma semana. Todas as saladas, todas as corridas na passadeira do ginásio, todas as águas com diuréticos cor de xixi morrem instantaneamente, sem darmos por isso. Mas eu adoro compensações, vocês não?
Actualmente posso gabar-me de ter uma alimentação muito equilibrada. Não como fritos, doces, gorduras saturadas, poli saturadas e saturadíssimas. Alimento-me de carnes brancas, iogurtes e toda uma variedade de coisas verdes. Yumi! Depois, às vezes, compenso-me com uma quantidade estúpida de açúcar que quase me deixa em coma. Minhas amigas, a verdade é que as nossas dietas engordam! Sempre que estou de regime só me apetece comer coisas que não prestam. Vejo um hambúrguer a voar, umas batatas feitas a piscar-me o olho e aquela apple pie a chamar-me insistentemente.

Vivemos num mundo cada vez mais tentador e, mais uma vez, não temos culpa disso. A Eva tentou-se com uma maçã (coitada, não sabia o que é bom), eu cá não me tento com nada abaixo das 500 calorias. É um princípio, como outro qualquer. A realidade é dura, actualmente é quase impossível fazer uma dieta que não nos conduza a parecer um chouriço quando vestimos, ou despimos, um bikini brasileiro.
Agora perguntam-me vocês, como resolver este problema? Ahah, não digo...terão de esperar pela próxima crónica ;)
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

HOMEM MÉDIO PROCURA-SE

No domingo fui tomar um brunch com duas queridas amigas. Aguentámo-nos uma boa hora a falar de coisas triviais até que decidimos que não valia a pena renunciar aos nossos ímpetos mais fortes...bora lá falar de homens!

Chegámos a uma simples conclusão e não, não é a tradicional "os homens não prestam" ou a tão repetida "os homens são todos iguais". Debatemos e todas concordámos que há uma falta incrível de "homens médios"( e não, não estou a falar do que vocês estão a pensar porque aí a escolha feminina é quase sempre consensual, right ladies?).
Ora bem, vamos por partes. Temos o homem da one-night stand que apenas nos quer para uma curta voltinha no eléctrico do desejo. Ele é feio, porco e mau...e nós gostamos! O problema é que, às vezes, uma viagem não nos chega e quando pedimos mais...zás, he´s gone!
No extremo oposto temos o sentimentalão. Ele é Michael Bolton ao pequeno-almoço, ele é és-tão-linda-tão-querida-a-mais-maravilhosa" ao almoço e quando chega a hora do chá das 17h00 já vomitamos homem por todos os lados.
E então, onde anda o "homem médio"? o homem que quer estar connosco sem stresses, sem tertúlias com as respectivas famílias, sem alianças...basicamente, o homem que quer divertir-se a médio prazo. Pois, não anda! Procurar o "homem médio" é como tentar encontrar o Wally num livro do Asterix.
Parece que os homens vivem, hoje em dia, nos extremos e nós temos de nos sujeitar...
Deixo-vos com uma pergunta, minhas queridas seguidoras:
O que preferem vocês, um amor do género Nicolas Sparks ou uma noite tipo Playboy Mansion?
Não vos pergunto pelo "homem médio" porque ele parece estar extinto. Já agora, se conhecerem um espécime raro reencaminhem para este blog!)
E vocês, homens...Algum de vocês é um "homem médio"?



p.s - A última pergunta é séria...é que qualquer dia há outro brunch e nós somos três mulheres sequiosas de "homens médios"!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A indústria do pêlo e da falta dele

No mercado há cada vez mais empresas novas, negócios que desafiam um universo económico saturado de ideias que não lembram a ninguém. Quando entramos em crise, tendem a aparecer companhias que nos vendem (ou compram) produtos que têm a utilidade de não ter utilidade nenhuma. Eles inventaram tendas para gatos (sim, já vi à venda num catálogo), verniz para unhas de colar, cremes mágicos que eliminam as rugas, erupções cutâneas e incursões celulíticas mas nada foi tão longe como a indústria do pêlo.

Provavelmente temos de tirar uma licenciatura de Bolonha para saber que tipo de depilação mais se adequa a nós. Será a definitiva, a gilette, as bandas, o creme depilatório, a técnica japonesa da linha? Só uma formação mais intensiva poderá resolver este mistério milenar. Uma coisa é certa, de um momento para o outro, todas as mulheres se começaram a fechar num gabinete escondido num cabeleireiro e a sujeitar-se à tortura mais macabra de todas: a depilação com cera (leia-se, brasileira).

Noutro dia a minha depiladora estava de férias e fui depilada por uma ucraniana, que acabou por se revelar manicure e pedicure sem ter, portanto, qualquer tipo de experiência para lidar com esse bicho feio chamado pêlo. Suei, chorei, gritei mas o resultado até que nem foi mau. Pernas, axilas, buço e virilhas prontas para qualquer intempérie. Agora paremos um pouco para pensar. Porque nos sujeitamos, nós mulheres, a este sofrimento atroz? Já algum homem vos elogiou a suavidade das axilas, a pele lisa do bigode, ou umas virilhas impecavelmente livres de oêlo? Pois, a mim nunca. Mas deviam, afinal sofremos em prol da estética. 

Felizmente o panorama já não é tão negro como antes. Agora os homens também se depilam e podemos vingar-nos de todos os anos de depilações que sofremos, desde que apareceu aquele pêlo na axila aos 11 anos e meio. Ahah, gritemos de felicidade este ode à depilação masculina. Eles não têm dores de parto mas, pelo menos, sabem o que é sofrer numa marquesa de esteticista.
 
O único problema é que eu, pessoalmente, não gosto de homens depenados. Uma coisa é tratar daquela carpete inestética que se colou ao peito, outra completamente diferente é barrar as pernas com cera quente e eliminar toda a sua masculinidade num só puxão. Por amor de Deus! Se eu quisesse um homem com pernas de bailarina acho que ia procurar noutro síttio, provavelmente num cabaret. Não sei quando a vocês mas eu defendo que, numa relação, o homem deve ter sempre mais pêlo do que a mulher. Sei lá, acho que é a ordem natural das coisas. Eles têm pêlos, arrotam e dão puns. É a sua função masculina. Com os nossos pêlos, podemos nós. E os vossos, meus queridos, deixem-nos estar onde eles pertencem.
 

domingo, 10 de outubro de 2010

Mulheres vs Homens

Mulheres acordem!
Segundo as estatísticas existem 5,210,277 homens e 5,497,647 mulheres em Portugal. Mesmo que não percebam nada de números ou matemáticas decerto já chegaram à mesma conclusão que eu: o número de mulheres não é proporcional ao número de homens. Agora excluam todos aqueles seres desprezíveis com quem jamais teriam qualquer tipo de relação sócio-sexual. Ok, acho que já perceberam o problema!
Portanto queridinhas, cuidado com a concorrência! Estamos a falar de um sério problema de sobrevivência, das nossas vidas sentimentais, é claro. E se já têm homem e até agora acharam tudo isto uma bela treta, então pensem que há sempre uma cabra mais gira e mais sexy do que nós pronta a fazer coisas que não vou escrever aqui com o nosso homem. Nosso que é como quem diz, já cantava o João Pedro Pais "Ninguém é de ninguém. Depois de anos de análise, parece-me que os homens são a última coisa que podemos possuir. Podemos ser possuídas pelo demónio, pela raiva, pela gula, ouvi dizer. Mas possuir? Só se for uma casa, um batom, um bom par de sapatos com uns saltos de 12cm. Um homem? Esqueçam amigas! Mesmo quando pensamos que ele está nas nossas mãos, "zás"!"Não estou preparado para me comprometer", "O problema não és tu, sou eu", "Eu não te mereço", ou até mesmo, "Juro que foi só uma vez", são frases que quase todas nós já ouvimos. Muitas mais do que uma vez, admitamos.
Este é o momento em que vocês perguntam, "Mas o que é que uma miúda de 22 anos sabe da vida para vir para aqui impingir estas teorias do caos?". Ora bem, sei tanto quanto vocês. Já amei, já gostei mais ou menos, já estive em relações sem relacionamento e em relacionamentos sem relações. Namorei, "andei" e , felizmente, ainda não decidi casar-me ou contribuir para o aumento da natalidade.
 
Portanto, o que vou passar a contar-vos não são mais do que episódios da minha vida (não romanceados, é claro), uma vida banal, de uma miúda normal. Retiro o que disse, os episódios talvez sejam ligeiramente romanceados e são, certamente, anormais, paranormais até. Mas a vida não é mesmo isso?
 
 




from lisbon to the world

É domingo e acordei com vontade de fazer algo diferente. Pensei pintar o cabelo de outra cor, atirar-me de um avião e até viajar para outro continente. Fiquei-me por este blog.  Andam sempre a chatear-me para escrever coisas pois bem, aqui está o meu contributo. From Lisbon to the world.

Começam aqui as minhas sagas, crónicas, aventuras e desventuras. Os relatos das minhas caminhadas, retrocessos, sortes e azares. Parece-me que este blog será uma odisseia pelo mundo feminino. Rosa. Divertido. Sedutor. Lamechas quando é preciso.

Só quero que se divirtam tanto quanto eu. Este blog é para vocês meninas!

p.s - aceitam-se contributos de homens bem parecidos ;)