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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

os homens e o complexo de Benjamin Button

Os homens são um animal difícil. Por vezes, é complicado conquistá-lo mas toda a ciência está em mantê-lo. Como todas vocês sabem os homens, ao contrário das mulheres, não conseguem pensar em várias coisas ao mesmo tempo. É o jogo de futebol ou as mamas da Pamela Anderson ou a imperial. Nada em simultâneo, uma coisa de cada vez. É aí que nós entramos, nessa luta inglória para conseguir uns minutos de atenção, sem fugas mentais para pensamentos menos próprios. Já não nos bastava ter de lidar com esta grande limitação, ainda temos de dividir a (pouca) concentração deles com os seus carros.

Sim, porque o automóvel é um agente fulcral na vida do macho. É através deste objecto que o indivíduo se afirma na sua comunidade, que constrói a sua personalidade e identidade. É o carro que diferencia o João e o Manel, nem que seja pela cor dos estofos.

O velocímetro é, muitas vezes, visto como um medidor de masculinidade. Isso é que é vê-los a picarem-se nos semáforos, a acelerarem com o veículo completamente imóvel ou, a travarem bruscamente quase em cima do carro do adversário. Nunca percebi estes joguinhos mas é através deles que se comprova aquela teoria centenária de que os homens nunca crescem. Ou se crescem, dentro do automóvel recuam misteriosamente no tempo, feitos Benjamin Button. Falam sozinhos ou com o seu veículo e mexem em todos os botões, qual criança extasiada com o seu brinquedo preferido. Tirar o carro a um homem é roubar-lhe a alma.

Desprestigiar o automóvel de um indivíduo é praticamente a mesma coisa que insultar a sua mãe, talvez pior. Mesmo que esteja velho e desgastado o carro é um santuário, que se deve respeitar e honrar, até que a morte os separe. Entre marido e mulher não se mete a colher e acreditem, caras companheiras, não se metam entre o vosso homem e o respectivo carro.

E pronto, temos de aceitar. Eles parecem adultos cá fora mas mal entram no carro viajam no tempo até à infância. Há dias perguntei a um homem porque se picava com o carro do lado. A resposta foi esclarecedora "Pa, é uma coisa de gajo". Resignei-me.

Só tenho pena que eles não sejam todos verdadeiros Buttons, leia-se, Brad Pitts.