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quarta-feira, 23 de março de 2011

escolas de futuras mamãs

Os cabeleireiros ou as festas de família são, talvez, os melhores locais para fazer uma licenciatura na área da maternidade. O problema é que também podem ser o motivo para nunca mais querer ouvir falar de tal coisa. Soube coisas abomináveis nestas leves conversas de sábado à tarde. A Maria teve em trabalho de parto durante 27 horas, à Luísa tiveram de retirar o bebé com ferros, à Joana cortaram a vagina de um lado ao outro a sangue frio, para que o bebé pudesse sair.

No outro dia uma amiga minha contou-me que tinha ido assistir ao nascimento da sobrinha. Ela pensava que ia chorar de felicidade quando visse a irmã a dar à luz. Ela chorou...mas de medo, desespero e nojo. Basicamente o que ela me disse é que todos aqueles relatos de quão maravilhoso é o parto são mentira. Há sangue, berros, montes de médicos e bisturis…não há nada menos romântico do que isto.

O parto pode ser um momento bonito, mas só na teoria e depois de vivido. Na altura, a menos que se esteja bem anestesiada, o instinto prevalece sobre a razão e a única coisa que se deseja é despachar o assunto. Ok, é bonito, mas só depois de o puto estar cá fora.


Após todo esse drama sangrento chega a 2ª fase do teste - a era pós-natal. Isso é que são relatos de como é agradável estar cosida naqueles sítios que nós sabemos, do quão divertido é quando o bebé arranca o mamilo da mãe à dentada e, até, histórias de como perder os 46 kg que se ganharam durante a gravidez.

 
Consta que tudo vale a pena.

E a minha amiga que assistiu ao parto da sobrinha? – perguntam-me vocês. Garantiu-me que desistiu da ideia de ser mãe. Parece que sofre de stress pós-traumático pós-parto da irmã. A irmã quer repetir a experiência, mas está a mentalizar-se para não dizer palavrões durante o nascimento do próximo filho. Dizem que isso pode ser nocivo para o feng-shui da coisa.


Na minha modesta opinião, as crianças são como os barcos. É muito mais giro arranjar amigos que tenham do que ter. Assim só se fica com a melhor parte.


Concluindo, caras amigas, se estão a pensar constituir família tentem, por tudo, não assistir a um parto e talvez seja melhor não irem ao cabeleireiro.